sexta-feira, 23 de setembro de 2011

SONHAR NÃO CUSTA!

Chegou, finalmente, a hora de procurar base de sustentação para o exercício da pintura (até agora praticada em mero plano amadorístico, com muita abstracção à mistura ...). Assim, em Julho passado, frequentei um workshop de pintura de paisagem (na Sociedade Nacional de Belas Artes), em que, pela primeira vez, captei as luzes iniciáticas desta arte.

O resultado agradou-me, enquanto demonstração de que, afinal, hei-de conseguir criar imagens com a sugestão de diferenciação de planos (o que, obviamente, se presta à observação de que me contento com pouco ...).

Deixo, a seguir, duas modestas expressões dessa curta aprendizagem.





Quem sabe se, no futuro, não virei, mesmo, a saber pintar?

Já agora, deixo, também duas imagens produzidas à solta, ainda sem as amarras da formação, que, como tal, hão-de merecer (maior) desculpa.






Então, até à próxima (vernissage, Ah! Ah! Ah!).



     


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

HELLO, SR. CAVACO SILVA!

Não sei quantos dias - semanas? - depois de denunciado o - ou um dos? - buracos das contas públicas gerados na Madeira, veio o sr. em título - que, segundo me dizem, é o nosso (salva seja) presidente da República - pronunciar-se, em termos dos quais se retiram as seguintes ideias (?) chave:
1ª - O caso é censurável, pois coloca Portugal em causa, perante a comunidade internacional;
2ª - O Governo vai propor a criação de leis destinadas a prevenir que tal tipo de situações volte a ocorrer.

Ora é aqui que eu entro, para, a propósito, tecer dois singelos comentários, em jeito de interrogação:
1º - A censurabilidade do caso não advém do facto de o mesmo, em si, representar uma tão frontal e descarada violação de normas legais em vigor, quanto um tão abjecto desrespeito e, mesmo, desprezo pelos contribuintes?
2º- Então não existem já, na República, leis mais do que suficientes para prevenir a ocorrência deste tipo de situações, designadamente, em sede orçamental e de responsabilidade financeira, civil e criminal?  

Como sei que estou para aqui a falar sozinha, encarrego-me, também, de dar as respostas, que, em ambos os casos, são de sentido afirmativo, a saber:
1º - A gravidade do caso resulta, sim, da valoração ético-política que o mesmo não pode deixar de suscitar, pela violação do Estado de Direito em que se traduz; a imagem que exporta do País é mera consequência desta coisa primeira que é (ou deveria ser, no caso do sr. pR) aquele julgamento essencial
2º -  Sim, existem leis que bastem, pelos vistos, não há é quem cumpra o dever de as aplicar, motivo por que perdem a sua função preventiva.

E, agora, uma última pergunta: O sr. Cavaco Silva não conhece ou não tem assessores que lhe dêem a conhecer o panorama normativo nacional?

Entendendo que, também neste caso, a resposta só pode ser afirmativa, tenho de retirar a devida conclusão: o sr. Cavaco Silva, como a grande, grande maioria dos políticos que nos coube em desgraça ter, andam por aí a fazer de nós parvos, com a maior desfaçatez.

E isso preocupa-me, pelas razões óbvias, mas também - como, por certo, concordaria o sr. Cavaco Silva - pela imagem que projecta para a comunidade internacional, imagem de república das bananas - ou dos bananas?




  

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PRAIA, FOREVER

Quando, pelas sete e meia da tarde, o sol declara o seu cansaço e, todavia, nós, os humanos, insistimos em permanecer ...



Why not?

ABANDONO

Alguém quer fazer o favor de me explicar porque me deixaram aqui, tão só, abandonado e imprestável?




terça-feira, 6 de setembro de 2011

DEBATENDO-ME COM O(S) POLVO(S)

Pois foi, após ter estado estacionado na mesa de cabeceira uns dois ou três meses, que isto há filas para tudo, lá chegou a sua vez de ser lido.
Não pode orgulhar-se de ter proporcionado/merecido uma leitura entusiasta ou cativante.
Pelo contrário, revelou-se uma daquelas peças aborrecidas e não muito bem arquitectadas que a pseudo-literatura contemporânea, ou melhor, a indústria de vender resmas de papel em forma e com a designação de livro, tão exitosamente vem produzindo.
Com uma escrita sem brilho, umas quantas (excessivas) entradas iniciais (capítulos) dispersas por outros quantos cenários, sem o requerido fio condutor e agregador, uma trama debilmente estruturada e um desfecho óbvio (prematuramente adivinhado), terminar a sua leitura requereu boa dose de teimosia.
Em nome de quê? Pois, de fundamentar um juízo sobre algo que fora apresentado como um magnífico thriller (quem não gosta?) que, aliás,  promete ser um novo bestseller, isto, por comparação com o anterior livro (A Verdadeira História do Clube Bilderberg) do mesmo autor, o tão blogosfericamente famoso Daniel Estulin.

Todavia, nem tudo se perde (dos €23,00/FNAC e das horas de leitura, of course), porquanto em CONSPIRAÇÃO OCTOPUSS (A Esfera dos Livros, 2011), que assim se designa o romance, não deixam de ser enunciadas umas quantas reflexões bastamente atinadas sobre o mundo que passa, como é o caso das que passo a citar:         

"Interdependências humanas e intrincadas. Poder e riqueza. O antídoto perfeito para abater as multidões de mentes básicas influenciadas pelas necessidades elementares. O descontrolo financeiro mundial destruiria a riqueza e desumanizaria a população, transformando-a ainda mais do que já é num rebanho de ovelhas assustadas." (p. 25)

(Salta-me à ideia o facto de, desde o 25 de Abril, de desgoverno em desgoverno, ter vindo a ser assegurada, no nosso País, de forma tão básicaassustada quanto catastróficas são as suas consequências, a dominação do chamado bloco central ...)

"Pela minha experiência no campo, existem umas pessoas que entram e saem do governo, agentes, antigos agentes e gente da máfia, pessoas cujas capacidades são altamente valiosas e bem remuneradas quando trabalham para o lado errado." (p. 99)

(Hello!, secretas, ex-ministros empregados em empresas anteriormente sob sua tutela  ou miraculosamente transformados em banqueiros ou representantes de banqueiros ou doutros interesses da alta finança ..., é o que me vem ao pensamento) 

"- A política não é um fim, mas um meio. Tal como outros produtos de valor, tem as suas imitações. Tem-se dado tanta ênfase ao falso que o significado da verdade foi obscurecido, e a política acabou por ser sinónimo de egoísmo habilidoso e matreiro, em vez de um serviço sincero e honesto." (p. 271)

(Assaltam-me várias máscaras, com nomes tipo, Cavaco Silva, Durão Barroso, Sócrates, Passos Coelho, Paulo Portas ...)

Permanece, assim, a curiosidade de passar os olhos sobre A Verdadeira História do Clube Bilderberg, pois, não me considerando, propriamente, uma pessoa crédula, tenho tendência a acreditar em certas Teorias da Conspiração (aquelas que têm provas dadas, entenda-se).

Talvez venha a dar notícias a propósito (deste outro livro, claro!).