domingo, 29 de abril de 2012

UM DIA, ABRIL!

As portas que Abril abriu (como tão bem dizia o talentoso Ary dos Santos), têm vindo a ser, sistematicamente, fechadas, com grande estrondo, esmero, convicção e deleite, pela mão dalguns que, não fosse o caminho então aberto, andariam, certamente, por aí a vegetar ou, se conseguissem, a rastejar, sabe-se lá ao mando de que donos ou ao sabor de que ventos (apesar de que tal estirpe de gente é isso mesmo que faz, obedecer à voz de donos, porém a troco de vantagens, que, no mínimo, se traduzem, na expressão popular, em governar a vidinha; basta pensar nos seus futuros pós-governo, nomeadamente, na dança de cadeiras entre os mais apetecíveis lugares postos à disposição pelo Estado e, ainda mais desavergonhadamente, por empresas privadas, com as quais se relacionaram enquanto governantes …).

Acontece que o fecho dessas portas deixa no resguardo do seu interior meia dúzia de privilegiados, cada vez mais privilegiados e protegidos pelos poderes políticos – não digo pelo Estado, porque o Estado, ainda que eles o ignorem ou façam por ignorar, somos todos nós -, enquanto expulsa para a selva exterior, o resto dos Cidadãos, alargando o (já de si) terrível fosso existente entre aqueles e estes.
Tudo isto se passa – aliás, só pode passar-se – por via da mais espantosa negação da Democracia, formalizada de vários modos e feitios, a começar pelas abjectas mentiras em fase de campanha eleitoral, seguidas do flagrante desrespeito pela Lei fundamental, a Constituição da República Portuguesa, levado ao cúmulo através da negação dos direitos fundamentais e ao consequente comprometimento da Dignidade Humana (com o óbvio aval do Tribunal Constitucional de serviço).
Nesta linha se inscrevem tantos e tão variados disparos à queima-roupa, que me sinto legitimada a perguntar se não estaremos já perante uma forma (sui generis, embora) de guerra civil.
Tudo parte do desrespeito pela Pessoa Humana e pelos inerentes Valores, aos quais se sobrepõem meras palavras (chavões), como economia e mercados (o que, traduzido para português, significa o intuito e a consecução de fabulosos e, as mais das vezes, fraudulentos, lucros, a favor dos poucos privilegiados a que acima me refiro, tudo à custa de muita especulação artificialmente criada e da exploração escravizante da força do Trabalho).
Daí à aniquilação do Serviço Nacional de Saúde, dos Sistemas Públicos de Ensino e de Protecção Social, à menorização e acantonamento da Cultura, aos hediondos roubos perpetrados contra Trabalhadores e Reformados, nas suas mais variadas formas e com os mais inqualificáveis requintes de malvadez, à demolição da Classe Média e, pasme-se, à destruição programada do que resta da própria Economia Nacional, é um passo (que, por acaso, nos tempos mais recentes, é dado sob a batuta dum Passos).
Acontece que há VOZES que se levantam, para EXIGIREM AQUILO A QUE TÊM DIREITO:
São VOZES as mais diversas, vozes DE VELHOS E DE JOVENS, vozes dos MAIS VARIADOS SECTORES DA SOCIEDADE, clamando pelas MAIS JUSTAS CAUSAS:
























 









 São MUITAS VOZES:

São VOZES QUE SE OUVIRAM na GRANDE MANIFESTAÇÃO DO 25 DE ABRIL, de que, aqui e assim, servindo-me das imagens que, então, captei, deixo testemunho, porque DA ESCRITA E DA IMAGEM TAMBÉM SE ELEVA A VOZ!

São VOZES que continuarão a ouvir-se, PORQUE:

(Quem nos domina não nos vence! )

E, ASSIM SENDO: