terça-feira, 13 de agosto de 2013

À JOANA, O QUE É DA JOANA!


(E AO PALÁCIO, O QUE É DO PALÁCIO!)

Estava um pouco céptica em relação à exposição da Joana Vasconcelos, no Palácio Nacional da Ajuda. Não por ter algo contra a dissemelhança entre as obras da Artista e as que povoam o Palácio (nada tenho contra o convívio entre opostos), mas pelo facto de, por vezes, as suas obras me deixarem perplexa. Pelo menos, até as ver!
 
Aconteceu-me, por exemplo, com o célebre sapato de tachos feito (paradoxo de várias condições femininas). Todavia, mal o vi (num hotel, em Troia), dissiparam-se-me as dúvidas. Voltou a suceder noutras ocasiões, por exemplo, com umas garridas instalações, em tempos pousadas do CCB.
 
Deixou de me interessar saber se aquilo se subsume ou não ao conceito de obra de arte, na certeza de que, verdadeiramente, é OBRA! Plena de significado(s), provocadora ao olhar e, sobretudo, produto dum verdadeiro momento de inspiração criadora.
 
Não será isto a arte, o produto dum destes momentos, em que ocorre a revelação do que, até então, ninguém conseguira ver, pensar, realizar... e que, uma vez revelado, se torna óbvio?
 
Provavelmente, não, a arte não é nada disto (ou apenas isto). A verdade é que não estou, de todo,  interessada em saber o que é ou em definir conceitos de arte (nem, já agora, habilitada para o efeito).

De resto, abro um parêntesis para referir que, se fosse assim tão relevante determo-nos em conceitos, o mais certo seria Damien Hirst ter-se visto obrigado a devolver o seu tubarão às profundezas do oceano (por exemplo)...  
 
Apenas me interessa sentir como arte aquilo que sinto como arte. Redundante? Pois sim, mas não encontro outra forma de o expressar.

Conceitos e teorias à parte, o certo é que, para mim, Joana Vasconcelos é, no supra indicado sentido, uma criadora nata, gozando de merecido prestígio nacional e internacional.

E as suas obras convivem lindamente com o ambiente palaciano da Ajuda!

Assim vi o conjunto e deixo uma amostra (tipo, o meu sentir da exposição ), como ilustração desta, que considero imperdível.

 






















































 






 


 











 

















 



















 

 
 
 

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