sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

BACK HOME!








SONS DE DIVAGAR


O VENTO ESGRIMINDO BANDEIRAS

OS CASCOS DOS CAVALOS DESAFIANDO A TERRA

AS SAPATILHAS DOS BAILARINOS SOBREVOANDO O PALCO

CERTAS VOZES

A AGITAÇÃO DO MAR


 
 
 
 
 

domingo, 26 de janeiro de 2014

TOMORROW


"There are so many songs in me that won`t be sung", praticamente a única afirmação da letra com que me identifico. Todavia, gosto muito desta canção. Hoje, ao fim da tarde, libertei-a neste fundo marítimo, enquanto pensava, os homens afogam-se no mar, os peixes em terra, e o mar? O mar areia-se e, pelo caminho, espanta-se nas rochas. É isso que faz o mar. O que lhe cumpre fazer. 
 




Música: "YESTERDAY WHEN I WAS YOUNG", by CHARLES AZNAVOUR.
Vídeo: Obviamente, meu, como tudo neste blog, salvo indicação em contrário.




sábado, 25 de janeiro de 2014

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A VERDADEIRA HISTÓRIA DE MR. JOHN


Mr. John, ainda não sendo Mr. John, surgiu no recôndito neuronal da sua criadora,  com o brilho e a determinação duma qualquer estalagmite ou estalactite, irrompendo em gruta povoada por outros espantos e aparatos mil.
 
Verdadeiramente, tudo começou em Mr. Sem-Nome, assim chamado por falta de oportuno baptismo ou registo ou outro título de atribuição de identidade.
 
Mr. Sem-Nome existia no real, era castanho e de focinho e patas amarelas. Foi trazido duma loja, pago com notas de papel e moedas de metal, e, uma vez em casa, tomou lugares variados, ao sabor de volúveis caprichos decorativos, ora na sala, ora no corredor ora no escritório. Pior era quando ia parar portas adentro dum armário, remetido à escuridão, temperada com cheiro a sabonete, quando os desvarios de geometria e despojamento decorativo acometiam a dona.  Quer dizer, as mais das vezes. E por lá acabou por ficar.

Ora, como o que se não vê é como se não exista, gerou-se a tal vontade de inventar o que viria a ser Mr. John, inventar é exagero, não passou de clonagem, abusiva, é certo, pois Mr. Sem-Nome não foi ouvido nem achado.

Também não ofereceu resistência, presos os movimentos e a fala na sua natureza de papier maché. Assim, deixou-se enrolar em fina película transparente e impermeável, deixou-se envolver por demoradas e sucessivas camadas de bocadinhos de papel e cola, deixou-se pintar em cores diferentes (clone, sim, mas com a mania de ser original), deixou-se pincelar de verniz, tudo por partes, com os devidos intervalos de secagem, processo longo, mas nunca sob a ameaça do falhanço ou desistência.

Assim nasceu Mr. John, talvez  destinado a incarnar a alma do boneco de papelão que, há muito tempo, a sua criadora, atacada de maldade ou pura ignorância, sabe-se lá, dissolveu no afogamento dum banho.  

Resta, agora, saber qual o destino de Mr. John. Certamente, as mãos duma criança, acompanhado da devida instrução: banho não!    


Mr. Sem-Nome
(algures, no corredor)



Mr. John
(recém-criado, ainda na maternidade)
 
 
 
 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

ESTATÍSTICA AMIGA, A MALTA ESTÁ PERDIDA!


Há quem acredite no poder inspirador do amor ou da arte ou doutra coisa qualquer.
Eu acredito, mas acreditar, acreditar, acredito mesmo é no poder inspirador da estatística, apesar de ter fama de viver pendurada no árido enredo das ciências, para mais, a matemática. Sem pretender negar a beleza e a poesia da matemática, aliás, sempre tive muito boas notas a matemática, não sei se por acaso ou se por aquela raiz comum da lógica e da harmonia, outras formas de arte, suas bases ou margens ou distâncias próximas.
Tanta divagação para dizer algo tão simples: acredito no poder criativo e curativo da estatística, quando não no seu poder redentor, por via do onírico, o que nos remete para o abençoado prado dos sonhos bons, ou seja, os sonhos sem futuro, que, todavia, enquanto duram, nos levam às alturas da transcendência. Claro que o mesmo se aplica aos sonhos maus, os ditos pesadelos – de que sofro não sem um certo prazer ansioso, o de acordar, saber que foi mentira, respirar fundo, transcrever, constatar, analisar, sossegar e esperar pelo próximo, porque há sempre um próximo, envolto na sua cor castanho-escuro. Mas, como os sonhos, também os pesadelos têm duração limitada e, se não nos transportam à altura da transcendência, por vezes até sim, empoleiram-nos nas margens do confronto com paisagens irreais ou julgadas irreais, nem sempre destituídas de assombrosa imponência e beleza, que há vários domínios da beleza, nem só nem sempre o belo é o belo.
Está bem, volto à estatística, assunto a propósito do qual espraiei esta conversa. Para que não haja confusões, mudo de parágrafo.
É assim: hoje em dia, há um País – obviamente há mais, mas, por agora, só este me interessa - em que a classe trabalhadora diminuiu de número e a classe dos muito ricos aumentou de número; a zona de ninguém que as separava (recomendável distância) ou unia (ameaça) definhou, deu-lhe um mal, deu-se mal, desapareceu, morreu, adeus, goodbye.
Estatisticamente, este País está muito melhor, menos gente a trabalhar, mais gente a desfrutar, gente, esta, que só pode ter ascendido daquela ou da desnecessária defunta.
É disto que eu gosto na estatística, agora, cada trabalhador-em-saldo (esquecera-me de dizer, não releva em termos estatísticos, mas o trabalho compra-se agora à cotação do saldo…) pode aspirar directamente ao mais alto grau da classe económico-social ambicionada, sem passagem pela maçadora etapa intermédia da defunta zona de ninguém; um futuro muito mais promissor se perfila. E muito mais rápido. A lei das probabilidades repousa, obviamente (como convém), no esquecimento dos jackpots televisionados em directo de casas pelintras e outras que tal, na morte dos avisados avisos do pensamento, estropiados por eufóricos ou deprimidos depoimentos de formadores de opinião (constante ciclotimia da ameaça clara ou surda, repetida ao limite da exaustão, de preferência embrulhada em emoção), do assassinato das promessas nadas-mortas, alardeadas ao som de hinos arrebatadores, por pseudo-políticos de inspiração canina, enfim, por aí.
Se inventei esta estatística? Claro que sim. Mas não é original, o poder criativo, inspirador e redentor das estatísticas certinhas e oficiais é bem superior ao desta! E o oposto é igualmente válido.
 
 

domingo, 19 de janeiro de 2014

ERA ESTE!


(Eis o vídeo que me ditou as palavras que seguem, já adiantadas no post de 11 do corrente, LUZ, TEMPO, ÁGUA)


Líquida é a luz 
Fluido, o tempo
Repetido ao grau do infinito da inexistência 
Luminosa, a água 
Eterno retorno, eterno esvaimento
Mágica fusão
Harmonia



 
 
 
 

sábado, 18 de janeiro de 2014

SUSIE, A MULHER IDEAL!


Há dias, folheando a revista (publicitária) CONVIDA, deparei-me com o seguinte texto (in n.º 21, p. 17): Qualquer mulher gosta de se aperaltar para uma festa. Ser sorridente, bem disposta e não dar opiniões fora de tom, são regras básicas para fazer sucesso. (sublinhados meus)
 
Posteriormente, fui jantar a casa duma amiga que tem uma cadela, a susie. Estava também presente um amigo comum e ambos constatámos - com alívio e espanto, ao menos no meu caso, pouco habituada (e um pouco fóbica) à proximidade de canídeos - que a dita criatura, a) estava toda aperaltada, forrada em belo pelo, de tal maneira que ele, o comum amigo, lhe atribuiu parecenças com uma ovelha (fofinha, digo eu), b) se não se mostrou sorridente, seguramente por impossibilidade genética, não parou de nos fixar com uma carinha tão ternurenta e compenetrada que mais parecia gente, como eu disse (pensando em gente boa, evidentemente), c) não proferiu um único latido, apesar de não ser muda, segundo informação da dona. Enfim, bem aperaltada, a seu modo sorridente e bem disposta, e calada, por certo para evitar dar opiniões fora de tom, a susie foi um verdadeiro sucesso.
 
Ontem ouvi um homem, em conversa com uma mulher,  qualificar de intimidante o facto de ela dizer sempre o que pensava (independentemente de ser ou não fora de tom, portanto!). Nada de que eu já não desconfiasse...
 
Em resumo e conclusão, a susie, na modalidade de cadela, é o verdadeiro modelo de mulher ideal!
 
 
A SUSIE 

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ZOOMS IRREAIS


Amo perseguir movimentos marítimos com zooms irreais
Talvez produzir efeitos especiais
Assistir ao poderoso desejo do mar
Ansioso por mergulhar numa simples, mas olímpica, piscina
Grandeza que se perde, quer perder-se
Em cenas comezinhas
Gosto de paradoxos
De coisas (in)explicáveis
Ainda que pela óbvia falta de explicação (ou não)
Quem quer saber o mecanismo que regula as coisas impossíveis?
Eu não!
Eu que capto o movimento irado de bravas ondas marinhas
Desabando frágeis
Em simples piscinas
Como quem se cansa da evidência do poder
Ferido de exaustão






sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

MORRER É NORMAL, ENVELHECER, NÃO...

 
...NÃO É NORMAL, É EMBIRRAÇÃO DAS ALTAS PATENTES DA CRIAÇÃO (SE É QUE EXISTE ALGO DO TIPO). SÓ PODE!
 
Há pessoas que deviam ser proibidas de envelhecer, quer dizer, devia ser proibido o envelhecimento de certas pessoas (ou de todas, ninguém envelhece por gosto). Estou a pensar em Michael Caine (para além de mim, obviamente...). Estou a pensar apenas na degradação da aparência física que, inexoravelmente, marca a recta final deste intrigante passeio para a morte que é a passagem pela vida. Deixo, pois, de parte a eventual degradação física e mental, não estão agora em causa. A morte  em si é irrelevante, apenas o cumprimento do ciclo anunciado (embora talvez não iniciado) com o nascimento. Mas envelhecer, não seria dispensável o envelhecimento?
 
Michael Caine sempre foi um dos meus actores favoritos, não só pela enorme qualidade artística, mas também pela beleza e elegância que emanam da sua pessoa (por interposta câmara, nunca tive o privilégio de o ver ao vivo). Elegância, essa, tanto mais admirável quanto é certo ser oriundo dum meio social humilde, o que só comprova a tese segundo a qual a elegância é uma imanência não dependente das origens.
 
A ÚLTIMA PAIXÃO DO SR. MORGAN, em exibição por aí, é um belo filme em que Michael Caine, com a realidade dos seus 80 anos feita estampa, interpreta um velho, social e familiarmente desenraizado, isto é, mergulhado em solidão, que, tendo perdido a mulher, calhando ser a mulher da sua vida (passe o lugar comum), reencontra, ao fim de cerca de três anos de desistência, numa jovem mulher, um novo élan, condição para o esboço dum novo parêntesis (ou simulacro) de vida e, a final, para se situar, consciente e lucidamente, perante a evidência da impossibilidade.
 
A esta altura já se deverá vislumbrar o motivo de ter começado por me referir à questão do envelhecimento. Todavia, o filme não se esgota nesta temática, também nos fala do amor/afeição (será amizade?), da atenção ao próximo, sintonizada na partilha empática (sim, tenho para mim que a empatia é uma forma de partilha, na sua fonte e no seu exercício), no luto (da morte ou do amor) e, já agora, nas barreiras surdas e nos  constrangedores não-ditos das relações familiares. 
 
E agora apetece-me rever ALFIE, ANA E AS SUAS IRMÃS, A EDUCAÇÃO DE RITA, VESTIDA PARA MATAR, AS REGRAS DA CASA, etc., etc., etc.   
 
 
 
Poster Michael Cainefoto Michael CaineO Sol de Cada Manhã : Foto Michael Caine
 
             
 
Nota: Contrariamente à regra deste blog, as fotografias não são de minha autoria, tendo sido copiadas do site ADOROCINEMA
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

NATUREZA MORTA


OU NATUREZA VIVA

OU IDEIA PARA VITRAL DUM MERCADO DE FRUTAS E LEGUMES

OU O QUE SE QUISER







segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O DIA EM QUE...


... CHOVERAM OVOS ESTRELADOS!



Na verdade, foi um dia igual a tantos outros, se é que um dia, qualquer dia, pode considerar-se igual a outro. Enfim, tudo pareceu ficar na mesma, embora na mesma seja um estado praticamente - e, sobretudo, teoricamente - impossível. Bem vistas as coisas, o céu onde choveu não era azul, mas cor de barro, o que já constitui uma diferença. Para não falar no facto em si, da chuva de ovos. Não sei... Talvez nem tenha acontecido, mas ontem, por qualquer razão, visualizei a ideia e hoje não resisti a encená-la. Às tantas eram flores, nem eram ovos. Vá-se lá saber!
 
 
 
 
 

sábado, 11 de janeiro de 2014

LUZ, TEMPO, ÁGUA


Líquida é a luz
 
Fluido, o tempo

Repetido ao grau do infinito da inexistência
 
Luminosa, a água
 
Eterno retorno, eterno esvaimento

Mágica fusão

Harmonia
 













Nota: as palavras foram-me suscitadas por um vídeo, em que apanhei estas fotos em movimento,  por assim dizer, mas como, apesar de 2 dias de tentativas, o PC não está a colaborar no carregamento do dito, deixo as fotos (apresentarei o vídeo, quando o problema estiver resolvido).


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

FIRST 4-2014



As primeiras produções em paint do ano

 DÚVIDA 
 
 
SERÁ? 
 
 
CHOCOLATE 
 
 
NÃO ME APANHAS!
 



domingo, 5 de janeiro de 2014

CARTA ABERTA A SUA EXCELÊNCIA


Excelência!

Ouvi dizer, já não sei se a V. Exc.ª se a outrem, que V. Exc.ª é o presidente de todos os portugueses. Sendo portuguesa, devo, pois, concluir que V. Exc.ª também é meu presidente - não que isto me soe muito bem - apesar de não ter votado em si, nunca. Mas, Democracia é Democracia, ao menos para certos efeitos, e, como tal, vou dar isto de barato.
Sei que, enquanto meu presidente - continua a soar-me estranho, mas é a realidade democrática, há que aceitá-la - pesam sobre V. Exc.ª vários deveres, nomeadamente, os de representante máximo do Estado e, nessa mesma linha, os de cumprir e fazer cumprir a Constituição e a Lei. Deveres pesados, repito, sobretudo nos tempos que correm, de tantos desgovernos atentatórios daquela lei fundadora e fundamental e, sobretudo, dos valores humanistas subjacentes.
Justamente por isso, por a sua carga institucional já ser tão pesada, afigura-se-me que não deve ser agravada pelo acrescento doutros deveres, concretamente, deveres de representação não institucional dos portugueses, ao menos os que não votaram em si, e, quanto mais não seja por isso, o dispensam de tal representação. Vou mais longe, peço-lhe mesmo encarecidamente que faça o favor de, neste âmbito, não falar por mim, primeiro, porque não sabe o que eu penso, segundo, porque não está mandatado para o efeito, terceiro, porque não me sinto bem quando falam por mim, especialmente em se tratando de V. Exc.ª.
Refiro-me, naturalmente, à sua afirmação, de hoje, a propósito do passamento do Sr. Eusébio, glória do futebol nacional, de que os portugueses estão em lágrimas (não sei se exactamente por estas palavras, mas com este sentido) e, já agora, à sua recomendação de que os portugueses sigam o exemplo do falecido.
Ora, acontece que, a) tal acontecimento não me deixou em lágrimas; b) não vislumbro qualquer exemplo a seguir, nem, aliás, vejo como poderia segui-lo.
Em lágrimas e em luto nacional - por mais de três dias, enquanto os factos e a memória persistirem - estou, sim, mas por outros acontecimentos, nomeadamente e para não me perder em grandes divagações, pelas vítimas da crise, refiro-me àquela que assola o País, pelos suicidados da crise, pelos desesperados da crise e pelos assassinados da crise! Sim, caso neste momento da minha vida estivesse disponível para lágrimas, seria por essas vítimas e não pelo facto natural da morte duma pessoa, por mais pública e importante que essa pessoa tenha sido, e por mais que lamente o sofrimento dos seus familiares, amigos e admiradores.
Para mim, a elevação dum País, perante si próprio e perante terceiros, faz-se e mede-se pela via da elevação da mente e do espírito, traduzidas em inteligência e ética,   acima do comezinho e da alienação colectiva. Não se faz, de todo, pela via do futebol, ao menos, enquanto instrumento de alienação de massas, que também é.
Não são, pois, de todo, os exemplos do futebol que me interessa seguir, apesar de não ignorar a existência de comendadores entre os seus heróis. Aliás, nem vejo como poderia fazê-lo, pois não nasci com o maravilhoso dom de jogar magnificamente futebol. Mesmo a ter sido esse o caso, ainda assim, não se trataria de seguir um exemplo, mas antes de agarrar o dom, mas isto já é entrar pelos caminhos da filosofia.
É tudo.
Rendida à maior das considerações, permito-me apresentar os cumprimentos devidos,
 
Bluegirl


 
 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

PLANO HÁ!


Vejo-me forçada a reconhecer que, mais uma vez, o sr. Pedro Passos Coelho falou verdade! Refiro-me ao glorioso momento em que proclamou a inexistência dum plano B, face àquela absurda hipótese (afinal concretizada, embora, como é habitual, enviesadamente) de o Tribunal Constitucional se atrever a declarar a inconstitucionalidade do novo roubo, quer dizer, corte, das pensões dos reformados do Estado. 
Não que não existisse um plano, aliás, o plano, porque ele vive e governa iluminado por um plano, que é sempre o mesmo. Portanto, plano há, sempre houve. É o plano A, mas atenção, r-e-c-a-l-i-b-r-a-d-o! Ora isto quer dizer o quê? Eu explico: revisto e ampliado, para os mesmos, que calha serem os que não têm poder. Portanto, não era o suposto plano B, mas atenção, também pode chamar-se plano B, de bullying. Ou plano FdP, exactamente disso que estão a imaginar.
Esta engenharia palavrosa a que estes senhores nos vêm habituando, ou porque nos julgam parvos (hoje não vou dizer lorpas, mas vai dar ao mesmo) ou porque não têm coragem para chamar os bois pelos nomes ou ambas as coisas (para mim é isto, ambas as coisas), suscita-me um enorme desprezo e, pior, mete-me um nojo monumental. 
É verdade que, por regra, lido com essas emoções negativas (logo, detestáveis) com uma certa leveza, por exemplo, inventando um DICIONÁRIO PARA LORPAS (v. posts de 8 e 25 de Outubro de 2013).  
Mas hoje não estou para aí virada. Vou fazer o que eles não têm ketchup (interpretem como quiserem)  para fazer, vou qualificar o plano como ele merece, absolutely fucked up (só vai em inglês porque soa muito melhor do que em português, pelo menos evoca certos imaginários cinematográficos, tipo Tarantino e companhia, de que muito necessitamos, ao menos eu, para espairecer).
E que eles se vão recalibrar, é o que lhes desejo (aqui, recalibrar tem o sentido que cada qual quiser atribuir, já que isto de recalibrar o sentido das palavras é o que está a dar!).
Ah, já me ia esquecendo, a outra vez em que o sr. acima nomeado falou verdade foi quando, num recente debate na AR, afirmou que não podia ir confiscar aos ricos. Nada que qualquer mente adequadamente calibrada não tivesse já entendido, o mesmo se aplicando ao plano A ou B ou FdP ou o mais que o abecedário consentir.

PLANO A


 OU B


OU FdP



OU AS FACES DOS SEUS DONOS