quarta-feira, 27 de abril de 2016

QUANDO A TUA PELE


estou a lembrar-me de quando a tua pele…

a tua pele cercou-me
cada centímetro da minha pele entregue
rendido cada centímetro da minha pele
oferecida prisioneira, livre

depois…

foram desmontadas fronteiras
traçadas estradas
rios correram
pontes cavalgadas
largos mares
mares caprichosos de vagas altas, estrepitosas

depois…

mar lento, calmo
rendição da maré a perder-se no longe
muito longe
areia luminosa

e

serena
a minha pele
perdida na tua pele
cercada pela minha pele
cada centímetro da tua pele
feito prisioneiro, livre

e estradas
e rios
e pontes 
e mares
e marés perdidas
e areias luminosas
e a tua pele
e a minha pele
e a nossa pele

lembrei-me
lembrei-me de quando a tua pele…











Sem comentários:

Enviar um comentário