segunda-feira, 13 de agosto de 2018

DIZ QUE FOI ELA QUE O ENGRAVIDOU!


HOMEM QUE JÁ FOI MULHER DÁ À LUZ BEBÉ DE MULHER QUE JÁ FOI HOMEM

Eis a notícia com que me deparei num qualquer site partilhado na publicação dum amigo no Facebook! Para que não restem dúvidas, o anúncio do inusitado feito vem ilustrado com as fotos que reproduzo abaixo. 

Se por acaso não perceberam à primeira, não desesperem. Sucedeu  o mesmo comigo! É demasiada informação para digerir no imediato, mas as fotografias e alguns dados adiantados ajudam (ou talvez não...).

Em síntese: era uma vez uma mulher que se sentia homem e um homem que se sentia mulher. Ambos se empenharam em corrigir os corpinhos que os pais lhes deram, para evoluírem ao encontro das suas verdadeiras naturezas (ela vai para homem, ele para mulher). Faltou, todavia, o golpe de asa final, não transformaram os sexos, ele continuou com o da ela que fora e ela com o do ele anterior.

Pelo caminho, encontraram-se e - a avaliar pela primeira fotografia, sendo certo que há imagens que valem por mil palavras... e verdades - perderam-se de amores recíprocos, entregaram-se nos braços um do outro.

Nos braços e no resto, de tal forma que da fusão dos seus corpos apaixonados veio à vida um novo ser, um bebé! E, pasme-se, sem manobras de inseminação artificial ou barrigas de aluguer. Segundo a notícia (ou o que percebi da dita), a criancinha foi naturalmente gerada no ventre materno, aliás, paterno, por efeito de inseminação natural paterna, aliás, materna.

Pronto, é aqui que a minha perplexidade verdadeiramente começa a fazer-se notar. Mesmo dando de barato que um homem possa estar grávido e que quem o tenha engravidado seja uma mulher, espanta-me que, dadas as suas naturezas de género assumidas, andem a brincar aos médicos ao contrário, ele no papel sexual de mulher, ela no de homem! Não vou entrar no desenvolvimento das dúvidas que esta questão coloca, nomeadamente a propósito da natureza dessas relações sexuais, até porque os rótulos não interessam nada. Mesmo assim e por pura especulação, deixo a pergunta: tratar-se-á duma relação heterossexual, homossexual ou mista? Não que os rótulos interessem, repito, antes que alguém do Bloco de Esquerda se lembre de me vir apedrejar. 

Ainda segundo a notícia, os ditosos pais (ou mães, sei lá!) ainda não tinham escolhido nome para o rebento. Isso já compreendo plenamente! Afinal, sabendo do que a casa gasta, por assim dizer, devem estar indecisos entre, sei lá, Maria ou Manuel. Não, o sexo do bebé - que, aliás, não me lembro de vir mencionado - é irrelevante. Interessa é como ela/ele se virá a sentir no futuro, se menino ou menina. Cá por mim, resolvia o dilema da seguinte forma, dava-lhe o nome de Manuel Maria ou vice-versa e a criança, quando já tivesse voz activa, logo decidiria qual dos dois suprimir. Depois era só ir ao Registo Civil e tratar do resto, que o importante é como uma pessoa se sente.

Mas - e não querendo ser agoirenta - alimento secretamente a hipótese de a criança ser hermafrodita. E vou mais longe, imaginando-lhe um futuro brilhante, quando, chegada a fase certa do relógio biológico, decidir auto engravidar. Já estou a ver os pais (ou mães) cheios de inveja do sucesso mediático do filho/filha.

Como é óbvio, isto são só maluquices que me passam pela cabeça, com a desculpa de que devo contribuir para a silly season, instituição que, quase chegados a meados de Agosto, ainda se não fez sentir (talvez porque já não se note...).

Sério, sério, é pensar que uma pessoa que se sinta identificada com um animal, por exemplo um cão, e desate por aí a latir e a lamber tudo quanto é perna, seja levada para o manicómio, em vez de ser encaminhada para o canil ou adoptada por alguma alma caridosa. Isto, sim, é verdadeira discriminação. Não deveria o Bloco de Esquerda abraçar esta causa fracturante e propor a implementação dum bilhete de identidade canino?!

Imagine-se, agora, que o bebé da notícia vem a pensar que é um gato e come um hipotético futuro irmão que se identifica com um rato? Qual será a reacção dos pais? Compreensão? Repúdio?

Já chega? 

Ok, fico-me por aqui!





Nota: Agora a sério, este texto pretende-se humorístico, não devendo ser considerado como veículo de preconceitos de que, aliás, não sofro (ao menos deste tipo). O meu lema é: viver e deixar viver, ou seja, desde que não invadas a minha esfera de liberdade, faz o que muito bem te apetecer, o mesmo se aplicando a mim, em relação a ti. Portanto, parabéns aos pais e felicidades para a criança!   






Sem comentários:

Enviar um comentário