sábado, 16 de março de 2013

HOJE!


Voltei à Praia Grande. E registei, de alguma maneira ...

 
 
 
No regresso, a serra de Sintra vedou-me a visão dos seus místicos seres, recorrendo a uma magia de nevoeiro. Mas o nevoeiro também é um ser místico e belo. Registei-o, com outros meios, mas registei. 
 
 
 

 
 
 
 
 



domingo, 3 de março de 2013

COMO PREVISTO, POIS CLARO!

Só podia, a manifestação de 02 de Março de 2013, sob a sugestiva designação Que se lixe a troika, só podia ser um sucesso, como foi!
Caso contrário, restaria concluir que o Povo estaria morto ou moribundo, que é estúpido ou anda distraído, sei lá!
Mas não, diferentemente do que assumem (e, seguramente, desejam) os pseudopolíticos da treta que nos (des)governam, estamos vivos e bem vivos, não somos estúpidos nem andamos distraídos.
Mais, estamos dispostos a fazer frente, a provocar a mudança!
Fomos, assim, muitos, muitos mil, a reafirmar Abril, é dizer, a reclamar o que nos é devido, a manifestar indignação pelo que nos é infame e indignamente roubado, diariamente, sempre mais e mais, com o maior despudor e desfaçatez!
Em Lisboa, ultrapassámos, seguramente, o mítico número do 15 de Setembro do ano passado (lembram-se?).
Já se cantara a Grândola, Vila Morena, pouco depois das 18H, e, cerca de uma hora mais tarde, ainda afluíam ao Terreiro do Paço, agora, Terreiro do Povo, mais e mais manifestantes.
Enfim, façam eles o que fizerem, já não podem ignorar que estamos aqui, de pé, de peito aberto e voz firme, para os impedirmos de continuarem a fazer o que não podem nem devem, desde logo por absoluta falta de legitimidade democrática.
 
Por isso lhes deixámos uma moção de censura! 
 
Por isso voltámos a cantar  "Grândola, Vila Morena"
 
Por isso estamos dispostos a prosseguir a luta!


(Nota: este post tem andado por aqui a marinar, desde a noite do passado dia 2, na tentativa - que, por insondáveis razões informáticas (?), veio a revelar-se infrutífera - de anexar dois vídeos, em que registei outros tantos momentos chave: a leitura da moção de censura ao (des)governo, oportunidade, também, para captar uma das mais acesas e prolongadas vaias ao sr. Cavaco silva, e a entoação da Grândola, Vila Morena. Rendendo-me a este fracasso, não sem pena, deixo apenas as palavras, para que não percam a oportunidade).
 

domingo, 20 de janeiro de 2013

SURPRESA!

 
 
E eu, que nem sequer sou apreciadora de fado, deparo-me com esta voz espantosa, no programa do Herman José (Herman 2013), que acabei de ver há pouco. Que voz, que expressividade, que talento! Fiquei com imensa vontade de ir "ouvir" o espectáculo que o Gonçalo Salgueiro e a Alexandra vão estrear, ao que julgo, no próximo dia 22, no S. Jorge, designado "Abraço Lusitano". (Quem diria?!) 
 
 
 
 

sábado, 10 de novembro de 2012

NOSTALGIA

Adoro o Outono; é, mesmo, a minha estação preferida.
 
Então, hoje, fui procurar o Outono.
 
E encontrei:
 
 
uma folha caída
 
 
uns patos sonolentos
 
 
uma explosão misteriosa
 
 
um canavial ao vento
 
 
um fantasminha
 
 
um olho perdido
 
 
uma lata birrenta, esmagada por duas frágeis canas. É bem feito, não tinha nada que invadir os domínios da natureza pura.
 
 
um reluzente insecto castanho
 
 
três velhos órfãos, cheios de rugas e reumatismo
 
 
dois estranhos insectos que navegavam através dum mar de ameaçadoras nuvens, coabitando com uma pequena ave
 
 
 
Encontrei tudo isto e depois regressei a casa, na esperança de que chova.
 
 
 


NARCISISMO

Hoje, por volta do meio-dia, atravessei a transparência das águas dum espelho e, do lado de lá, onde, sem saber muito bem como, fui parar, revelou-se-me uma imagem tão bela, tão perfeita, que, para ver se era real, decidi beijá-la. Beijei-a e senti o beijo. Oh! Era a minha imagem. Ou melhor, era eu.




UNIÃO EUROPEIA

 
Ao circular por Lisboa, vejo um anúncio da GREVE GERAL IBÉRICA, a ocorrer no próximo dia 14.
 
Admiração? Nenhuma.
 
Afinal, não será o primeiro nem o último protesto que une mais do que um Povo, no seio da denominada UNIÃO EUROPEIA. Por outro lado, são sobejamente conhecidas as razões desta LUTA, protagonizada pelos NOVOS OPRIMIDOS, esmagados por sucessivos PACOTES DE AUSTERIDADE, que assassinam os mais elementares DIREITOS HUMANOS, sobretudo no plano laboral e social, naquilo que representa uma tão avassaladora quanto alarmante involução de conquistas civilizacionais fundadas no respeito por Valores Humanos essenciais ao são desenvolvimento pessoal e social.
 
Reflexão? Sim.
 
Talvez seja pela via da CONGREGAÇÃO/EXPRESSÃO COLECTIVA dos Povos atingidos que, finalmente, se venha a construir a VERDADEIRA UNIÃO EUROPEIA, uma união fundada na REVOLTA contra as INJUSTIÇAS  que, em (alegado e falso) nome da (apenas designada) UNIÃO EUROPEIA, vêm sendo perpetradas contra alguns dos Países em situação de maior fragilidade.
 
O que não deixa de ser TRISTEMENTE IRÓNICO! E não deixa augurar nada de bom ...
 
Mas é a verdade, desiluda-se quem (ainda) acredita na possibilidade duma EUROPA UNIDA E SOLIDÁRIA, fundada numa identidade civilizacional própria e no convívio harmonioso, igualitário e solidário entre os seus diversos Povos. Quanto a mim, estou à vontade, pois nunca acreditei em semelhante ficção.
 
Levantemo-nos, pois, VÍTIMAS DA FOME(que há diversas fomes, embora muitas já sejam de comida ...)!
 
Pugnemos pela devolução dos nossos DIREITOS ROUBADOS, da nossa DIGNIDADE AFRONTADA e da INTEGRIDADE DOS NOSSOS PAÍSES ASSALTADOS!
 
EM UNIÃO, A UMA SÓ VOZ, POR ESSA EUROPA FORA!
 
NO PRÓXIMO DIA 14 E EM TODOS OS DIAS QUE SEJA NECESSÁRIO!   
 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

... MIL, MUITOS MIL ...


... PARA CONTINUAR ABRIL!
 
1. De preferência um Abril diferente, que não tolere esta espécie de democracia infecta, povoada e orquestrada por bandos de ladrões e mentirosos, que falam e actuam com a maior desfaçatez, violentando os mais elementares princípios éticos, valores humanísticos e direitos dos cidadãos, dos mais desprotegidos, entenda-se, que somos ou estamos em vias de ser quase todos nós. 
2. De preferência mais mil e mil e muitos mil, digo eu, porque não vale tocar e fugir, fazer um grande e adequado alarido num certo dia 15 de Setembro (o passado), e depois folgar, com a ilusão de que a mensagem passou e basta. 
É que isto da luta requer empenho, resistência, continuidade e persistência, sob pena de, rapidamente, cair no esquecimento e, pior, dar oportunidade ao desprezo piadético de certos (des)governantes, como é o caso da ministra da justiça, que, comentando a grande manifestação desse dia 15, se atreveu a dizer não estar nada admirada, pois ainda esperava mais gente ... Grande lata! 
Vem isto ao caso, não porque a manifestação de sábado passado, no Terreiro do Paço, tivesse sofrido de défice de participação, antes pelo contrário, como os próprios meios de comunicação social (v.g., SIC, visão de helicóptero) bastamente testemunharam. A questão é que o impacto teria sido ainda maior caso os estreantes de 15 de Setembro se tivessem juntado. 
Na verdade e só para citar um aspecto, não convém perder de vista o facto de o abandono da medida relativa à TSU  (oferta do dinheiro dos trabalhadores aos patrões) não significar qualquer involução na política que lhe está subjacente, e que, em qualquer outro formato, nos cairá em cima, com grande estrago e estrondo, já no próximo OE, se não antes ... 
Eu sei de pessoas que não compareceram por, alegadamente, não se identificarem com a CGTP. E daí? O que importa é a identificação com a luta em curso.  
Eu identifico-me, mesmo não pertencendo à dita CGTP, ou a qualquer outra entidade sindical e, já agora, mesmo não pertencendo e nunca tendo pertencido (nem tencionando vir a pertencer) a nenhum partido político. 
Portanto, fui à dita manifestação e, enquanto puder e custe o que custar, hei-de ir a todas aquelas em que, concordando com os fundamentos, esteja em causa a defesa dos meus direitos, dos direitos dos mais desfavorecidos e da salvaguarda da independência do nosso País!  
3. Deixo, agora, o meu testemunho foto e videográfico, através do qual poderá comprovar-se a magnitude da manifestação, o respectivo (legítimo) fundamento, v.g., em algumas das palavras do Arménio Carlos e, por fim, as (lógicas) conclusões retiradas.