sábado, 11 de janeiro de 2014

LUZ, TEMPO, ÁGUA


Líquida é a luz
 
Fluido, o tempo

Repetido ao grau do infinito da inexistência
 
Luminosa, a água
 
Eterno retorno, eterno esvaimento

Mágica fusão

Harmonia
 













Nota: as palavras foram-me suscitadas por um vídeo, em que apanhei estas fotos em movimento,  por assim dizer, mas como, apesar de 2 dias de tentativas, o PC não está a colaborar no carregamento do dito, deixo as fotos (apresentarei o vídeo, quando o problema estiver resolvido).


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

FIRST 4-2014



As primeiras produções em paint do ano

 DÚVIDA 
 
 
SERÁ? 
 
 
CHOCOLATE 
 
 
NÃO ME APANHAS!
 



domingo, 5 de janeiro de 2014

CARTA ABERTA A SUA EXCELÊNCIA


Excelência!

Ouvi dizer, já não sei se a V. Exc.ª se a outrem, que V. Exc.ª é o presidente de todos os portugueses. Sendo portuguesa, devo, pois, concluir que V. Exc.ª também é meu presidente - não que isto me soe muito bem - apesar de não ter votado em si, nunca. Mas, Democracia é Democracia, ao menos para certos efeitos, e, como tal, vou dar isto de barato.
Sei que, enquanto meu presidente - continua a soar-me estranho, mas é a realidade democrática, há que aceitá-la - pesam sobre V. Exc.ª vários deveres, nomeadamente, os de representante máximo do Estado e, nessa mesma linha, os de cumprir e fazer cumprir a Constituição e a Lei. Deveres pesados, repito, sobretudo nos tempos que correm, de tantos desgovernos atentatórios daquela lei fundadora e fundamental e, sobretudo, dos valores humanistas subjacentes.
Justamente por isso, por a sua carga institucional já ser tão pesada, afigura-se-me que não deve ser agravada pelo acrescento doutros deveres, concretamente, deveres de representação não institucional dos portugueses, ao menos os que não votaram em si, e, quanto mais não seja por isso, o dispensam de tal representação. Vou mais longe, peço-lhe mesmo encarecidamente que faça o favor de, neste âmbito, não falar por mim, primeiro, porque não sabe o que eu penso, segundo, porque não está mandatado para o efeito, terceiro, porque não me sinto bem quando falam por mim, especialmente em se tratando de V. Exc.ª.
Refiro-me, naturalmente, à sua afirmação, de hoje, a propósito do passamento do Sr. Eusébio, glória do futebol nacional, de que os portugueses estão em lágrimas (não sei se exactamente por estas palavras, mas com este sentido) e, já agora, à sua recomendação de que os portugueses sigam o exemplo do falecido.
Ora, acontece que, a) tal acontecimento não me deixou em lágrimas; b) não vislumbro qualquer exemplo a seguir, nem, aliás, vejo como poderia segui-lo.
Em lágrimas e em luto nacional - por mais de três dias, enquanto os factos e a memória persistirem - estou, sim, mas por outros acontecimentos, nomeadamente e para não me perder em grandes divagações, pelas vítimas da crise, refiro-me àquela que assola o País, pelos suicidados da crise, pelos desesperados da crise e pelos assassinados da crise! Sim, caso neste momento da minha vida estivesse disponível para lágrimas, seria por essas vítimas e não pelo facto natural da morte duma pessoa, por mais pública e importante que essa pessoa tenha sido, e por mais que lamente o sofrimento dos seus familiares, amigos e admiradores.
Para mim, a elevação dum País, perante si próprio e perante terceiros, faz-se e mede-se pela via da elevação da mente e do espírito, traduzidas em inteligência e ética,   acima do comezinho e da alienação colectiva. Não se faz, de todo, pela via do futebol, ao menos, enquanto instrumento de alienação de massas, que também é.
Não são, pois, de todo, os exemplos do futebol que me interessa seguir, apesar de não ignorar a existência de comendadores entre os seus heróis. Aliás, nem vejo como poderia fazê-lo, pois não nasci com o maravilhoso dom de jogar magnificamente futebol. Mesmo a ter sido esse o caso, ainda assim, não se trataria de seguir um exemplo, mas antes de agarrar o dom, mas isto já é entrar pelos caminhos da filosofia.
É tudo.
Rendida à maior das considerações, permito-me apresentar os cumprimentos devidos,
 
Bluegirl


 
 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

PLANO HÁ!


Vejo-me forçada a reconhecer que, mais uma vez, o sr. Pedro Passos Coelho falou verdade! Refiro-me ao glorioso momento em que proclamou a inexistência dum plano B, face àquela absurda hipótese (afinal concretizada, embora, como é habitual, enviesadamente) de o Tribunal Constitucional se atrever a declarar a inconstitucionalidade do novo roubo, quer dizer, corte, das pensões dos reformados do Estado. 
Não que não existisse um plano, aliás, o plano, porque ele vive e governa iluminado por um plano, que é sempre o mesmo. Portanto, plano há, sempre houve. É o plano A, mas atenção, r-e-c-a-l-i-b-r-a-d-o! Ora isto quer dizer o quê? Eu explico: revisto e ampliado, para os mesmos, que calha serem os que não têm poder. Portanto, não era o suposto plano B, mas atenção, também pode chamar-se plano B, de bullying. Ou plano FdP, exactamente disso que estão a imaginar.
Esta engenharia palavrosa a que estes senhores nos vêm habituando, ou porque nos julgam parvos (hoje não vou dizer lorpas, mas vai dar ao mesmo) ou porque não têm coragem para chamar os bois pelos nomes ou ambas as coisas (para mim é isto, ambas as coisas), suscita-me um enorme desprezo e, pior, mete-me um nojo monumental. 
É verdade que, por regra, lido com essas emoções negativas (logo, detestáveis) com uma certa leveza, por exemplo, inventando um DICIONÁRIO PARA LORPAS (v. posts de 8 e 25 de Outubro de 2013).  
Mas hoje não estou para aí virada. Vou fazer o que eles não têm ketchup (interpretem como quiserem)  para fazer, vou qualificar o plano como ele merece, absolutely fucked up (só vai em inglês porque soa muito melhor do que em português, pelo menos evoca certos imaginários cinematográficos, tipo Tarantino e companhia, de que muito necessitamos, ao menos eu, para espairecer).
E que eles se vão recalibrar, é o que lhes desejo (aqui, recalibrar tem o sentido que cada qual quiser atribuir, já que isto de recalibrar o sentido das palavras é o que está a dar!).
Ah, já me ia esquecendo, a outra vez em que o sr. acima nomeado falou verdade foi quando, num recente debate na AR, afirmou que não podia ir confiscar aos ricos. Nada que qualquer mente adequadamente calibrada não tivesse já entendido, o mesmo se aplicando ao plano A ou B ou FdP ou o mais que o abecedário consentir.

PLANO A


 OU B


OU FdP



OU AS FACES DOS SEUS DONOS