perco-me nos teus braços
a tua pele é a minha pele
o sol extinguiu-se há muito
a lua em seu lugar
chuva mansa afaga os vidros da janela
teus dedos o meu corpo
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aconteceu na madrugada de vinte e seis de Agosto de 2020, não interessa se ao vivo ou em mero sonho, por vezes nem se conhece a diferença. guardei (em folha de papel) como guardo tantas palavras – coisas, já não. para criar registo? para mais tarde usar? sei lá!
hoje, dez de Junho de 2021, eram duas horas e quarenta e um minutos da madrugada, dei comigo a pensar: guardar "coisas" com a expectativa de as vir a usar não é criar bolsas de futuro, mas enfardar sacos de passado.
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acabo de juntar aquelas e estas palavras, ou seja, usei dois pequenos sacos de passado. talvez tenha criado um pouco de futuro, pelo menos enquanto houver um leitor para isto.
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perco-me nos teus braços
a tua pele é a minha pele
o sol extinguiu-se há muito
a lua em seu lugar
chuva mansa afaga os vidros da janela
teus dedos o meu corpo
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