terça-feira, 4 de junho de 2013

O DESEJADO

Será verdade? Finalmente resolveu-se a vir passar uma temporada connosco?
 
Desconheço, mas hoje apressei-me a aproveitar a sua sedutora visita, pois, não tarda nada, chega aí o Natal, e nós sem lhe termos posto a vista em cima.
 
Gostei que tivesse passeado pela minha pele, gostei de me ter deixado adormecer - especialmente porque, vá-se lá saber porquê, as minhas noites andam excessivamente povoadas de pesadelos e consta que o meu sono se traduz em dormir acordada, o que, por outro lado, sempre será melhor do que andar por aí a dormir na forma, digo eu - e gostei de registar algumas imagens - que, aliás, me permitiram descobrir as fantásticas potencialidades da antiga CASIO, anos depois de, alegremente, a ter substituído por uma (supostamente) mais performativa CANON...
 
Pronto, fico à espera que se mantenha por cá, pelo menos nos dias em que eu puder ir à praia (eu sei, eu sei, Vocês, Amigos/as, também merecem, estou, apenas, a brincar - embora seja certo que as praias meio vazias são muito mais simpáticas, não acham?).  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 2 de junho de 2013

TUDO SERIA DE MENOS!

Todas as palavras seriam de menos para exprimir às Crianças, a todas as Crianças deste mundo e arredores, neste dia que é o seu (pura convenção, todos os dias são ou deveriam ser o seu) o quanto elas merecem ser amadas, acarinhadas e mimadas e de quantos e tamanhos votos de Felicidade elas são credoras.
 
Todas as palavras serão de menos para exprimir a dimensão do empenho que os Adultos devem colocar na atenção, educação e acompanhamento das Crianças.
 
Assim, dispenso-me de (mais) palavras e dou voz ao  movimento desta imagem, animado pela mais expressiva e alegre banda sonora que se pode desejar, a produzida pela algazarra de um animado grupo de Crianças em festa.

 
 
E deixo um beijinho especial para três Crianças que habitam o meu coração, a Inês, o João e a Quica.
 


sábado, 1 de junho de 2013

GRITO


Não gosto da palavra
Talvez do significado
Talvez das associações
Não gosto, não uso
Limito-me a descrever
Desamparada sensação de ausência
Profunda ausência
Descomunal peso da ausência
Ensurdecedora ausência
Cala tão fundo
Fere tão intensamente
Ausência do que nunca tive
Do que tive e nunca mais terei
Do que não tive nem virei a ter
Ausência do nada
Só pode ser ausência do nada, portanto
Sempre um não presente
Forma de nunca ou nunca mais
Um não determinante
Conformador de desesperado inconformismo
Não, não se trata de choro
(Como na palavra que não digo)
Grito preso, talvez
Pois, se gritado, abalaria o mundo
O lado de fora do mundo

Nota (introduzida em 06/08/2024, de acordo com o texto original): e a palavra de que não gosto e, como tal, não digo, é saudade (embora aqui abarque do presente ao futuro).
 

 
 
 
 
 
 


terça-feira, 28 de maio de 2013

WEIRD THINGS

 
 
UMA ÁRVORE QUE PARECE UM POLVO?
 
 
 
OUTRA ÁRVORE, ONDE BATE, LENTO, UM CORAÇÃO?
 
 
 
UM URSO QUE PARECE UM MORCEGO?
 
 
 
MAS, AFINAL, O QUE SÃO AS COISAS (E TUDO O RESTO) SENÃO O QUE PRETENDEMOS QUE SEJAM?
 
 
 
 


quarta-feira, 22 de maio de 2013

O MARTIM E A PROF.ª

 (... OU UMA QUESTÃO DE VALORES...)

Hoje, mal abri o FB, vi-me confrontada com uma inusitada quantidade de alusões a um tal Martim e a uma tal Professora Doutora, cujo nome não retive, aquele e esta, perfeitamente desconhecidos para mim e para o meu reduzido universo, onde o Prós e Contras, palco da cena, não entra. Acabei, assim, por ir parar a um vídeo ilustrativo do acontecimento, que me dispenso de resumir, pois, pelos vistos, qual última a saber, só eu o desconhecia.
Registei, a propósito, uma empolgada unanimidade de posts, likes e comentários, convergindo no, por assim dizer, endeusamento do Martim, e na, por assim dizer, demonização da Prof.ª Dr.ª.
É óbvio e inegável que o Martim revela um conjunto de qualidades que o tornam digno de justa admiração, com destaque para o espírito de iniciativa, o sentido da criação e aproveitamento da oportunidade, a visão de negócio e tudo o que isso envolve e se deu em denominar empreendedorismo. Ao que acresce – e não menos relevante - uma postura e desenvoltura perante as câmaras que também não são nada de desdenhar. Tudo isto, nos seus tenros 15 ou 16 anos e – importante – sem descurar os estudos.
Já não me parece tão óbvio e inegável que a intervenção da Prof.ª mereça as fustigadelas que a comunidade bem pensante se apressou, em uníssono, a aplicar-lhe, certamente num afã de defesa do politicamente correcto e/ou de determinada ideologia que vê com bons olhos o empreendedorismo, mas com maus olhos a  justa retribuição da força de trabalho sem a qual o empreendedorismo não poderia vingar.
Na verdade e tanto quanto me foi dado ver e ouvir (no curto espaço do referido vídeo), o que a Prof.ª fez foi questionar o Martim sobre a sua consciência social, ou seja, sobre um VALOR que, pelo facto de, por regra, andar demasiado afastado dos empreendedores e do empreendedorismo, não significa que não exista ou que não deva existir.
Poderia não o ter feito, para não estragar a festa; poderia tê-lo feito dum modo mais diplomático.
Mas fê-lo. E acho que fez muito bem!
Haja quem tenha a coragem de chamar a atenção para Valores fundamentais à DIGNIDADE HUMANA, ainda que para isso – mau sinal dos tempos – se sujeite à ira dos politicamente correctos (mais ou menos disfarçados).
Estou, pois, com o jovem Martim e, ao mesmo tempo, com a Prof.ª cujo nome não fixei. Até porque entendo que o empreendedorismo não tem de ser incompatível com a Dignidade Humana.
Também politicamente incorrecta,
eu.
 

sábado, 16 de março de 2013

HOJE!


Voltei à Praia Grande. E registei, de alguma maneira ...

 
 
 
No regresso, a serra de Sintra vedou-me a visão dos seus místicos seres, recorrendo a uma magia de nevoeiro. Mas o nevoeiro também é um ser místico e belo. Registei-o, com outros meios, mas registei. 
 
 
 

 
 
 
 
 



domingo, 3 de março de 2013

COMO PREVISTO, POIS CLARO!

Só podia, a manifestação de 02 de Março de 2013, sob a sugestiva designação Que se lixe a troika, só podia ser um sucesso, como foi!
Caso contrário, restaria concluir que o Povo estaria morto ou moribundo, que é estúpido ou anda distraído, sei lá!
Mas não, diferentemente do que assumem (e, seguramente, desejam) os pseudopolíticos da treta que nos (des)governam, estamos vivos e bem vivos, não somos estúpidos nem andamos distraídos.
Mais, estamos dispostos a fazer frente, a provocar a mudança!
Fomos, assim, muitos, muitos mil, a reafirmar Abril, é dizer, a reclamar o que nos é devido, a manifestar indignação pelo que nos é infame e indignamente roubado, diariamente, sempre mais e mais, com o maior despudor e desfaçatez!
Em Lisboa, ultrapassámos, seguramente, o mítico número do 15 de Setembro do ano passado (lembram-se?).
Já se cantara a Grândola, Vila Morena, pouco depois das 18H, e, cerca de uma hora mais tarde, ainda afluíam ao Terreiro do Paço, agora, Terreiro do Povo, mais e mais manifestantes.
Enfim, façam eles o que fizerem, já não podem ignorar que estamos aqui, de pé, de peito aberto e voz firme, para os impedirmos de continuarem a fazer o que não podem nem devem, desde logo por absoluta falta de legitimidade democrática.
 
Por isso lhes deixámos uma moção de censura! 
 
Por isso voltámos a cantar  "Grândola, Vila Morena"
 
Por isso estamos dispostos a prosseguir a luta!


(Nota: este post tem andado por aqui a marinar, desde a noite do passado dia 2, na tentativa - que, por insondáveis razões informáticas (?), veio a revelar-se infrutífera - de anexar dois vídeos, em que registei outros tantos momentos chave: a leitura da moção de censura ao (des)governo, oportunidade, também, para captar uma das mais acesas e prolongadas vaias ao sr. Cavaco silva, e a entoação da Grândola, Vila Morena. Rendendo-me a este fracasso, não sem pena, deixo apenas as palavras, para que não percam a oportunidade).