sexta-feira, 19 de agosto de 2016

DEPOIS FOI AQUILO QUE SE SABE!


foi assim
do nada rasgou-se uma alameda de promessas

desfilaram sorrisos e imaginações
cumplicidades irmanadas, de braço dado
narizes no ar, orelhas arrebitadas, olhos desfocados

tudo era atração
bocas entreabertas em forma de beijo
ainda só consumado no desejo

soou música alegre e divertida
guardou-se o pensamento para o desengano
(ingénuo fingimento!)

tudo era encanto
perfumes inebriantes
passadeiras de flores sem espinhos
expressão de promessas incumpridas
(não o são, todas as promessas?)

no fim, afogou-se em vinho
(afoga-se a mágoa em doce vinho?)

tudo era luz, vibração, fantasia, desejo, alucinação
cintilação suspensa no infinito

foi bom, enquanto durou

depois... 

ora!








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