terça-feira, 31 de julho de 2018

PELO MÉDIO ORIENTE - IV - ILHA DE SIR BANI YAS





A continuação da viagem pelo Médio Oriente - v. posts de 17/01, 18/02 e 05/04 - levou-me à ilha de Sir Bani Yas, uma das oito ilhas do Golfo, conhecidas por ilhas do deserto, das quais é a maior, mesmo em relação à própria ilha da cidade de Abu Dhabi.

O desembarque operou-se em lancha de apoio (salva-vidas), porquanto, devido à (pouca) profundidade da água, o navio teve de ficar ancorado ao largo. O transfer durou poucos minutos.






Aguardava-nos uma praia de águas calmas e transparentes, com areia clara, que só foi permitido pisar após devida esfrega do calçado num tapete. Também por razões ecológicas é proibido levar comida, deixar lixo, retirar conchas, pedras ou outros materiais. 


À chegada, senti-me transportada a um cenário típico de Club Med, muita música, animação (desdobrada em actividades várias) e, obviamente, um buffet!  


(Os tapetes...)




A ilha abriga muitos cormorans (aves parecidas com o pelicano, mas de cor escura), que emigram da Europa e da Rússia - não que tivesse visto algum...

Das poucas árvores autóctones, surpreenderam-me umas (palétuviers gris) de (longas) raízes enterradas no mar, que fornecem grande parte da alimentação da vida marinha desta região.






(Nesta e na foto anterior, as tais árvores de raízes submersas)
À distância, avistavam-se as suaves colinas em que a ilha se desdobra.




Prossegui com o tour da ilha (em Jeep), verdadeira razão que me levou lá. O objectivo era presenciar este Parque da Vida Selvagem Árabe, no qual foi estabelecida uma reserva da vida animal, mediante a importação de várias espécies de animais, nomeadamente chitas e girafas - curiosamente, o camelo, animal daquelas paragens, está ausente, pela simples razão de a composição mineral do solo não ser adequada à sua alimentação (guia dixit).







Os animais passeiam-se placidamente ou nem tanto. Por vezes, dois machos confrontam-se, vá-se lá saber a razão, por comida não deverá ser, pois lhes é dispensada alimentação pelos cuidadores. Talvez ciumeira ou alguma fêmea de braços à mostra!


















A ilha eleva-se em pequenos montes, onde se nota uma variedade de cores, desde o avermelhado ao esverdeado que tem a ver com os metais presentes no solo.

Por outro lado, o deserto que era foi convertido em plantação de espécies várias, incluindo olival (em breve  será dado início à produção de azeite). Assim, embora o aspecto da ilha seja desértico, as plantações introduzidas quebram o castanho baço da areia. Toda a produção, nomeadamente a proveniente das laranjeiras, figueiras e outras árvores de fruto que rodeiam o palácio da Sheika Fatima, segunda esposa do Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahian (e que se destina a toda a família) é de cultura biológica.











Adivinhe-se de quem voltámos a ouvir falar! Claro, do Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahian! Aqui, sob o seu patrocínio e no seu palácio, cujo exterior avistámos, foi decretada a constituição dos UAE!







Cruzo-me com alguém conhecido (do cruzeiro), que me deseja bom ano. Retribuo, mas, para falar verdade, já nem me lembrava que estávamos a 1 de Janeiro! 

No dia seguinte aportaria no Bahrain, onde poderão encontrar-me num próximo post







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