A conversa evoluiu e o filho, talvez de quarenta e tal anos, perguntou ao pai, talvez a rondar os oitenta, e lá por casa, com a mãe, está tudo mais calmo? - Calmo está, se se entender por calmo que não há diálogo nem conversas, foi a resposta.
Fiquei a pensar naquilo, uma conversa ouvida ao acaso, na proximidade duma mesa de restaurante, coisa que nem sequer costuma acontecer, visto ser bastante distraída, ou melhor, abstraída, e, sobretudo, desinteressada de vidas alheias.
Curiosamente, quer a pergunta quer a resposta foram proferidas num tom absolutamente neutro, quase clínico. Quem sabe o diálogo deles não passava duma não-conversa, o filho desinteressado da resposta, o pai nada esperando da pergunta! Assim, essa espécie de calma...
Entretanto, paguei a conta e saí. Ignoro o rumo do almoço daqueles dois, ambos impecavelmente vestidos, nos seus fatos/gravata, voz mansa e boas maneiras.
Vá-se lá saber, são as vidas deles!
Só que aquela resposta deixou-me uma série de interrogações, nomeadamente, sobre o sentido de certas convivências ou da sua manutenção, vai dar ao mesmo...
Curiosamente, quer a pergunta quer a resposta foram proferidas num tom absolutamente neutro, quase clínico. Quem sabe o diálogo deles não passava duma não-conversa, o filho desinteressado da resposta, o pai nada esperando da pergunta! Assim, essa espécie de calma...
Entretanto, paguei a conta e saí. Ignoro o rumo do almoço daqueles dois, ambos impecavelmente vestidos, nos seus fatos/gravata, voz mansa e boas maneiras.
Vá-se lá saber, são as vidas deles!
Só que aquela resposta deixou-me uma série de interrogações, nomeadamente, sobre o sentido de certas convivências ou da sua manutenção, vai dar ao mesmo...
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