caminhas entre a vida e a morte, o abrir da vida e o fechar da morte. duas portas a uma lonjura, a dado ponto, equidistante. só que nunca saberás quando tocaste ou hás de tocar esse ponto. talvez por isso, oscilas. ou talvez não seja por isso. segues uma linha que nem imaginas. ora direita como um fuso ora cambaleante como uma bêbada. assim caminhas. sabes lá donde vens ou para onde vais! sabes lá como! sabes lá porquê! olhas para trás. tudo se esbate. os sons, os traços das imagens idas, as promessas do sempre a negarem-se, embrulhadas em neblina. só nos sonhos, nos sonhos do sono, se agitam vivos os fantasmas. embora não falem. acordas com a sensação de que o coração te esconde muitas coisas, durante os dias. os dias em que caminhas em direção sabes lá a quê, sabes lá por que trilho. mas tens de caminhar. sempre. dás uma corrida de olhos bem fechados. não sentes o impacto do obstáculo. paras, assustada. é aí que oscilas. o abismo está mesmo em frente. aliás, cerca-te por todos os lados. assalta-te a vertigem. os precipícios assustam-te. não, não é por teres medo de cair. é porque desejas mesmo cair, sentes uma enorme atração pela queda. encontrar o vazio. e é desse desejo que tens medo. pouco sabes, não sabes nada. sabes, todavia, que. sentes-te mal. pensas, je suis malade, completement maldade.
(vídeo obtido em pesquisa no You tube)
gostei..
ResponderEliminarÉ bom saber, Luis! Obrigada.
EliminarTambém gostei! E tem uma boa ilustração :)
ResponderEliminarObrigada, Sara Monteiro!
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