Hoje, pela primeira vez e a título excepcional, publico aqui um texto cuja autoria não me pertence.
Trata-se de um sentido poema, de profundo(s) significado(s) e oportunidade (nesta época de pandemia e reclusão forçada), intitulado "O Fumo", de que é autor o João, de 13 anos, rapazinho que muito amo e que congrega diversas qualidades e talentos – dos quais este, da escrita, ainda me era desconhecido, embora não insuspeitado, não revelasse ele verdadeira alma de artista.
Segundo me disse, o poema surgiu-lhe, quando, através da janela, divisou fumo a evolar-se da chaminé dum lar de idosos, de onde saíra uma ambulância, transportando um corpo (sendo que se registam ali casos de Covid-19).
O Fumo
Ó Fumo tão belo
que vais ao sabor do vento
vem aqui e leva-me a
ver outro horizonte
Ó Fumo tão belo
que não segues regras
vem aqui e leva-me até
Bruxelas
Ó Fumo tão belo
que vens de tão nobre
pai, o fogo que te cria
que para mim é uma
alegria
Ó Fumo tão belo que paraste
de viajar, alguém apagou tua
chama e ficaste sozinho
a chorar
O Joãozinho revela sensibilidade e queda para a escrita. Sairá à tia? Parabéns
ResponderEliminarMuito obrigada pelo comentário!
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