se esse peito se abrisse, de repente
rasgo de lâmina acesa
nem me atrevo a imaginar!
soltavam-se flores selvagens
gritos desnorteados
um coração queimado?
cânticos de mel
cânticos de mel
pássaro esguio
joaninha levando cartas?
asas, é isso
soltavam-se asas de voar
transparências de vento
murmúrios de prata cintilante
deixavas-te para trás
subias, subias, subias
esgotavas a altura mais alta
rasgavas o risco da altura mais alta
corte da lâmina acesa
depois, fechava-se
esse peito fechava-se
oculto o vazio da desnecessidade
e era tudo... ou nada
tanto faz
tanto faz
Sem comentários:
Enviar um comentário